Queima das Fitas 2013

Maxim Reality com muito pouco de Prodigy

Maxim Reality atua pela primeira vez a solo em Portugal. A atuação dececiona o público por incluir poucos temas dos The Prodigy. Texto por Pedro Martins e fotografia por Rafaela Carvalho

Quando se pensava que o público presente nos concertos seria reduzido, eis que Maxim Reality faz a sua entrada triunfal, atraindo um número crescente de espetadores para o seu concerto. De seu nome Keith Palmer, o co-vocalista dos The Prodigy chega a Portugal após quatro anos do seu último concerto com a banda que integra em terras lusas.

Os espetadores vão-se aproximando como formigas. Muitos atraídos pela expectativa de ouvirem uma sonoridade semelhante à dos The Prodigy, outros tantos simplesmente seduzidos pelo ritmo mais dançável do que dos intérpretes que o precederam. A afirmação do DJ de que “a ‘setlist’ seria bastante distinta da dos concertos dos The Prodigy” confirma-se, com  um estilo que, coincidente com a descrição do próprio aquando da conferência de imprensa “ronda mais o ‘trap’ e o ‘dubstep’”.

Sem qualquer insegurança perante “a primeira vez que atua perante o púbico maioritariamente estudantil”, o também MC dos The Prodigy consegue cativar o público com cada vez maior afinco no início. A entrada da MC norte-americana Saffron em palco recolhe aplausos em massa do púbico, com a expectativa de que a sua presença em palco funcionasse como o complemento para o som emanado das mãos do DJ.

A reação dos mais nostálgicos entre o público fez-se sentir quando se ouviu “Wake Up Call” da banda britânica que Maxim Reality intregra. Contudo, a presença em palco do DJ demonstrou ser bastante parca em relação à dos Dj’s presentes nos dias anteriores, tal como confirma a estudante de Direito Tânia Sabino, que considerou o concerto “muito parado em comparação com Hardwell”. Com a sua ‘performance’ limitada à sua mesa de misturas, enquanto Saffron se incumbia do “confronto” com o público, o concerto de Maxim foi cativando cada vez menos o público que esperava ouvir mais temas de The Prodigy. Como confirmou André Mendes, de Geografia, que disse “estar à espera de ouvir mais de The Prodigy”.

Apesar do entusiasmo do público presente ser cada vez menor, as filas mais próximas do palco mantinham-se animadas. O próprio entusiasmo com a participação de Saffron demonstrava ser cada vez menor. Nas palavras de Diana Pinto, estudante de Direito, “ a Saffron estava muito parada, embora fizesse falta. Precisava de um bocado mais de pica”. A mesma opinião foi demonstrada pelo também estudante de Direito Pedro Heitor, que afirmou que “a Saffron tentou animar o público mas não conseguiu”, afirmando que “este foi um concerto muito peculiar, porque o género musical ‘trap’ não é muito conhecido em Portugal”.

A deceção perante a falta de temas dos The Prodigy não generalizou, tendo o concerto agradado a alguns, como à estudante Ana Inês Simões, de Geografia, que considerou o concerto “um máximo, embora tenha puxado um bocado nas horas”. A opinião foi partilhada pela também estudante de Geografia, Francisa Jordão, que considerou o concerto “brutal”.

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This entry was posted on Maio 10, 2013 by in 9, FOTORREPORTAGEM, PALCO PRINCIPAL, RECINTO, Uncategorized.

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